Os troglóbios aquáticos são encontrados principalmente em cavernas de climas tropicais e subtropicais, o que coloca o Brasil como um grande portador de estigofauna. Assim como os troglóbios em geral, os animais aquáticos de caverna tem todos os sentidos adaptados para a escuridão total. Audição e tato são sentidos extremamente eficientes quando relacionados aos animais cavernícolas em geral, já a visão não se faz necessária. Na maioria das vezes há ausência de olhos, isso é suprido pela presença de um órgão químico, que vai ajudar o animal a se orientar no ambiente.
Grande parte dos animais pertencentes a estigofauna nas cavernas são peixes de pequeno porte. Estes apresentam características diferentes das dos seus semelhantes de rios e lagos por exemplo. Na caverna os peixes ocupam o topo da cadeia alimentar, ou seja não tem predadores naturais. Com isso, tais peixes não possuem comportamento agressivo, já que dificilmente são expostos a situações de perigo, e o hábito de nadar em cardumes foi eliminado. A falta de predadores fez com que não seja mais necessário tentar confundir outros peixes, proposito principal de tal estratégia.
É importante saber que animais troglóbios, por viver muito adentro das cavernas, não estão suscetíveis as variações humanas. Por isso as instituições de preservação, como o IBAMA, devem manter os olhos abertos em relação a proteção desses ecossistemas. É valido lembrar que alterando o ambiente cavernícola também se alterará o ambiente exterior, criando assim uma sucessão de alterações. Essas mudanças são totalmente indesejáveis para o meio ambiente.
Danilo Armelin
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