domingo, 7 de outubro de 2012

Ecoturismo: O que tem sido feito?


    Já foi postado aqui no Petar N'Artéria o que é o Ecoturismo, e como ele 'ocorre' na região do Petar (visitada pelos alunos). Mas como tudo começou? Existem leis para isso? Será que o Ecoturismo só pode trazer benefícios? Se não, quais seriam os possíveis riscos aos nossos belos Ecossistemas se ocorrer uma falta de cuidado e de uma legislação que organize tudo isso?
      Na década de 80 o Ecoturismo começou a chamar atenção, no setor turístico do Brasil, sendo que na década de 90, chamou ainda mais, graças a grande visibilidade ás questões ambientais que o país e o mundo começaram a  dar. Com o objetivo de aproveitar melhor o potencial do nosso território e regularizar as atividades ecoturísticas, foi criado em 87 a Comissão Técnica Nacional, do projeto Turismo Ecológico da EMBRATUR (Instituto Brasileiro de Turismo) junto com o IBAMA. Em 1993 a primeira organização da sociedade civil, ou seja sem fins lucrativos, foi criada: o Instituto EcoBrasil, voltado para aumentar as atividades de ecoturismo focando-se na capacitação de profissionais, empresários e implementação de estudos ou projetos. Em 1994 foram criadas as 'Diretrizes para a Política do Programa Nacional de Ecoturismo', que discute sobre o potencial turístico do país, os marcos de referencia internacional e as possíveis vantagens do turismo bem organizado, além dos impactos negativos que ele pode trazer. Foi junto com essas diretrizes que o conceito de Ecoturismo foi definido, além de que ocorreu também uma tentativa de norteamento para que o Ecoturismo possa se desenvolver bem. Para saber mais, de forma simples e completa, sobre o que elas trouxeram de benefício para  a questão abordada na postagem clique aqui
      Em 1995 foi criado o IEB, Instituto de Ecoturismo do Brasil, além de ter sido escrita a Carta de Lanzarote, durante a Conferência Mundial de Turismo Sustentável, nas Ilhas Canárias, que lançou um apelo ao mundo para que medidas fossem tomadas para garantir o desenvolvimento turístico de maneira sustentável e não prejudicial.

      No ano de 2000 o 'Acordo de  Monhok', evento ocorrido entre 17 a 19 de novembro em New Paltz, EUA, definiu Ecoturismo como “turismo sustentável em áreas naturais, que beneficia o meio ambiente e as comunidades visitadas e que promove o aprendizado, respeito e consciência sobre aspectos ambientais e culturais.” Além disso, o acordo definiu os princípios do ecoturismo e padrões a serem respeitados voluntariamente pelas empresas do ramo turístico. A “Declaração de Ecoturismo de Quebec”, aprovada 2002 pela UNEP e pela OMT, oficializou o ano de 2002 como o “Ano Internacional do Turismo”. 



      Entretanto, a atividade de ecoturismo no Brasil ainda necessita de muita atenção. Segundo um estudo publicado pela consultoria do mercado de hotelaria espanhol “Chias Marketing” o Brasil ainda não aproveita todo o potencial ecoturístico que possui e a maioria dos hotéis e resorts que se dizem sustentáveis têm suas ações limitadas à reciclagem do lixo e outras ações esporádicas. E não é só com os turistas que devemos nos importar; cada área que possa ser utilizada para o Ecoturismo deve ser previamente estudada, para saber ao certo o que poderá ser realizado lá, o que trará benefícios para o local e o que fará mal. Muitos locais de Ecoturismo como as Cavernas do Petar, levaram milhões de anos para se formar, porém, levam-se meses para serem abalados. Um exemplo disso são as pessoas que ao visitarem cavernas, levavam pedaços de espeleotemas para casa, danificando o local. É necessário que seja, portanto, tudo bem analisado antes de um local ser aberto ao público.



Para saber mais sobre o que está acontecendo, é só clicar

Chiara Guttieri




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